
Harder está nas nuvens com a chamada à seleção principal da Dinamarca, tendo por isso a possibilidade de estrear-se contra Portugal, nos quartos de final da Liga das Nações, e logo diante do seu ídolo, Cristiano Ronaldo. Palavra… do próprio.
“É um sonho tornado realidade. É aquilo por que sempre lutámos desde pequenos, quando admirávamos os jogadores da seleção. Por isso, é gratificante fazer parte disto agora”, contou o avançado do Sporting, ao ‘TV 2 Sport’, revelando a forma como recebeu a chamada do selecionador Brian Riemer numa noite… como todas as outras.
“Tinha acabado de jantar, deitei-me no sofá e recebi uma chamada de um número dinamarquês. Atendi porque não tinha o número gravado. Do outro lado dizem: ‘Olá, é o Brian Riemer’. Gelei e só consegui dizer: ‘Olá, Brian’. Ele disse-me algumas coisas, sobre como tem sido ver-me em campo depois de o Gyökeres se ter lesionado. E depois disse que planeia convocar-me e perguntou-me o que eu achava. Pensei em dizer ‘caraças’, mas acabei por dizer: ‘É claro que quero'”, explicou.
Após o fim da chamada, ainda com dificuldade em acreditar no que tinha sucedido, o avançado de 19 anos assume que começou a chorar, antes de ligar ao pai: “Foram muitas emoções porque é algo por que lutamos toda a nossa vida. Quando algo assim tão grande acontece, é difícil de descrever. Liguei ao meu pai, porque ele foi uma grande parte disto, e ele ficou super orgulhoso”.
Pouco mais de meio ano depois de se ter transferido do Nordsjaelland para o Sporting, Harder dá mais um passo de gigante na sua carreira, um que não contava que viesse tão cedo. “Se me perguntasses há seis ou sete meses o que eu daria para estar onde estou agora, acho que daria muitas coisas. Nunca o imaginei, nem nos meus maiores sonhos. Acreditava que o conseguiria um dia, mas foi tudo tão rápido… É de loucos”, reconhece, concretizando com uma palavra… a Gyökeres: “Há muitas coisas que se encaixaram e outras que não se veem de fora. Saí de casa pela primeira vez, longo dos meus pais. E também há alturas em que não jogo porque tenho aquele que é, provavelmente, o melhor avançado do Mundo à minha frente. Alguns períodos foram difíceis, mas foram seis meses absolutamente fantásticos”.
A ajuda de Hjulmand
Antes de se juntar à sua seleção, há ainda o Famalicão pela frente, no sábado. Mas o esquerdino já sonha acordado com a hipótese de entrar em campo com as cores do seu país. “Ter a hipótese de estrear-me seria o grande objetivo, significaria tudo. Se jogar, será a coisa mais importante que aconteceu na minha carreira”, vinca.
De forma a conter a ansiedade, Hjulmand, mais ‘batido’ nestas andanças, tem assumido o papel de conselheiro. “Estou entusiasmado por conhecer todos. Tenho falado muito com o Morten [Hjulmand] e ele diz-me que é um grupo muito bom e que não deveria estar nervoso. Tenho apenas de entrar e trabalhar no duro”, sublinha, contente por poder partilhar balneário com figuras que há muito admira. “Há jogadores que admiro desde pequeno. Agora, fazer parte disto, é uma loucura”, remata.
Há pessoas que admiramos desde que pequenos e as víamos no topo, agora fazer parte disso agora é uma loucura.