Rúben Amorim Revela: “Supertaça Deixou Cicatrizes Profundas, Mas Estamos Prontos para o Rio Ave!
: O treinador do Sporting admite que a derrota na Supertaça foi um dos momentos mais difíceis de sua carreira, mas garante que a equipa está preparada para defender o título na estreia da Liga Betclic 2024/25.
Rúben Amorim fez esta quinta-feira a antevisão ao jogo com o Rio Ave, encontro agendado para amanhã em Alvalade (20H15) e que abre a 1.ª jornada da Liga Betclic 2024/25.
As saudades de Alvalade eram muitas? “Deu para matar saudades no particular e na Supertaça, o ambiente foi espetacular. Gosto muito do Rio Ave, sou suspeito porque gosto muito do treinador. Jogam de forma parecida à nossa e vai haver um grande encaixe, vão ser os duelos a decidir. Estamos preparados para a dificuldade do jogo, queremos defender o título e voltar a ser campeões nacionais”.
Relacionadas
Presidente do Sindicato indignado com ‘tentativa de linchamento do caráter de Nuno Santos’
Presidente do Sindicato indignado com “tentativa de linchamento do caráter de Nuno Santos”
Rúben Amorim e derrota na Supertaça: «Foi talvez a semana mais difícil que tivemos aqui»
Rúben Amorim e derrota na Supertaça: «Foi talvez a semana mais difícil que tivemos aqui»Que cicatrizes deixou a Supertaça depois de estar a vencer por 3-0? Como foram estes dias? “Foram muito difíceis, talvez os mais difíceis que já vivemos. É uma derrota, perdemos um título, mas especialmente pela situação em si. É difícil acordar e a primeira coisa que nos vem à cabeça ser o jogo. Temos de esquecer o resultado, o contexto, olhar para o que temos de melhorar. Trabalhámos várias coisas e preparámos este jogo. Nada como jogar outra vez para curar isso definitivamente. Foi a semana mais difícil que tivemos aqui”.
Caso de Nuno Santos, Câmara de Aveiro aponta o dedo aos jogadores. Que impacto pode ter? “A nossa grande preocupação é a Rita e sabemos que está a recuperar bem. Depois, aconteceu uma situação que é grave e podia ter tido consequências ainda mais graves e agora vão-se apontar dedos. A responsabilidade vai ser apurada, vamos deixar isso para os sítios certos. Houve um comunicado da Câmara e outro do pai, duas versões diferentes. Dou mais valor à pessoa que estava lá. Não quero tirar responsabilidade aos meus jogadores, mas não vou fazer como muita gente e crucificá-los. Nuno Santos? Basta vê-lo andar no corredor, a preocupação que tinha com a Rita. É um impacto grande por causa do que podia ter acontecido. Queremos ajudar em tudo”.
Amorim e o vidro partido: «Houve um comunicado da Câmara e outro do pai. Dou mais valor à pessoa que estava lá»
Amorim e o vidro partido: «Houve um comunicado da Câmara e outro do pai. Dou mais valor à pessoa que estava lá»Supertaça foi um jogo difícil. Teve alguma conversa específica com algum jogador? Como se gere? “Semana difícil, um sentimento de uma equipa cada vez maior, que sente cada vez mais as derrotas. Foi um jogo que esteve na nossa mão. Não posso falar muito com os jogadores, porque uma equipa que está a ganhar 3-0 e depois há o 3-1, 3-2, 3-3 e 4-3… Acho que a grande responsabilidade é do treinador. Senti que a equipa estava bem, mas devíamos ter tido outra concentração num ou outro pormenor, como nos lançamentos. Não tive conversas especiais, olhámos para o jogo. Foi uma semana normal e seguimos em frente para o próximo”.
Sporting perdeu o estatuto de maior candidato ao título? “Temos sempre pressão. Claro que queremos muito ganhar este jogo por todas as condicionantes da Supertaça. Estou aqui com umas preocupações completamente diferentes daquelas que tinha se tivéssemos ganhado a Supertaça. Não vincaríamos nada, mas ganharíamos mais um título, a semana e a confiança seriam muito maiores. Queremos ganhar agora para depois continuar o nosso caminho”.
Recuando aos festejos da conquista do campeonato, o Rúben referiu que queria o bicampeonato. Muitos duvidaram até que o Rúben ficaria no Sporting. Além do contrato que tem, o que o fez ficar? “Tudo. O que me fez ficar foi tudo, e depois também há razões pessoais sobre as quais não quero falar. Fiquei aqui, gosto de estar aqui porque o clube me quer e podemos fazer algo que só foi feito há 70 anos. É importante tentar fazer isso. O objetivo é ser bicampeão mas, como ficou provado na Supertaça, é difícil. Contrato, vontade de ficar e vontade do Sporting em ficar comigo. Foram essas as razões”.
Não está preocupado por Rodrigo Ribeiro ser a alternativa a Gyökeres? “Foi o que falámos no início. Acho que o plantel pode melhorar. Estamos a fazer por isso, mas como sabem temos alvos bem definidos e não desistimos até que seja impossível. Queremos melhorar o plantel mas temos equipa para vencer o próximo jogo. Ioannidis? Não falei em nomes, vocês é que falaram. Vamos ver”.
Como vê o facto do Conselho de Disciplina ter instaurado um processo envolvendo a situação que aconteceu com Nuno Santos em Aveiro? “Isso ultrapassa-me porque não sei como é o desenrolar das situações. Se acontecer, cá estaremos para comentar um suposto castigo”.
Discussão de Gyökeres com companheiros no final. O que se passou? “Não se passou nada. O Viktor não discutiu com os colegas. Às vezes começa a falar sueco sozinho quando falha um golo, e foi isso que se passou”.
Rúben Amorim sobre Debast e Kovacevic: «Se um central errar, dá golo. O guarda-redes então…»
Rúben Amorim sobre Debast e Kovacevic: «Se um central errar, dá golo. O guarda-redes então…»Kovacevic e Debast têm confiança do treinador e vão ser titulares? “Não vou dizer quem vai ser titular, mas têm toda a confiança do treinador. O importante é os jogadores conhecerem o treinador. Vocês farão a vossa avaliação, eu estou zero preocupado porque eles conhecem-me. Com o meu historial, culpar um jogador à primeira coisa que acontece… Não seria normal. Eles têm a confiança do treinador, confiam no treinador, e vai correr tudo bem”.
O Sporting não podia ter sido mais rápido a responder às substituições na Supertaça? Como está o plantel clinicamente, tem falado com St. Juste? “O falhanço do Viktor foi antes do 3-2, certo? Mas como não há remate nem golo, não entra nos dados. Essa é a grande oportunidade na 2.ª parte. Há um lançamento onde há as alterações, nós devíamos ter conseguido organizar mais rápido. Depois, o bloqueio de um jogador que está fora de jogo, dá golo. As trocas do FC Porto não tiveram influência. Houve trocas, lançamento e golo. Lançamento, fraca organização nossa, porque o Morita estava baixo e não saiu, não nos organizámos. Depois há um golo outra vez. Quanto a mim, digam o que disserem, o FC Porto não estava por cima do jogo e achei que não deveríamos mudar. Vocês olham muito para as oportunidades, mas lembrem-se das do FC Porto. Há uma grande defesa do Vlad. Diga-me outra… O Marcus, num lance, tira o jogador da frente, e quando tem de isolar o Viktor, sai um passe alongado. Isso tudo aparece na minha avaliação. Eu disse que era difícil, porque precisei de ver o jogo várias vezes. O Quenda tinha evitado o golo do Galeno se tivesse feito outra coisa de maneira diferente. Passámos a semana toda a inventar lançamentos. Mas no jogo em si? Senti que não precisava de fazer muito. Estávamos mais perto do 4.º golo, do que o FC Porto do 3-2. Essa é a minha opinião. Lesionados? St. Juste ainda está a fazer tratamento e ainda está perto da família. O Nel está muito melhor e a recuperar bem. O Nuno Santos, apesar de psicologicamente abatido, está a recuperar muito bem e quer muito voltar. Precisamos muito dele, gostamos muito dele e faz muita falta à equipa”.
Como tem sido a preparação para o jogo de amanhã? Rio Ave pode surpreender? “Acho que sim, porque o treinador é muito bom e mudou a forma de jogar na 2.ª volta do ano passado. Jogou com o Umaro a ala por dentro, mas a esticar muito o campo. Por isso é que acho que vai haver alguma coisa nova na equipa que nos pode surpreender. Mudaram as caraterísticas dos jogadores, têm mais jogadores de posse do que de velocidade. Têm saída a quatro com médio defensivo, são bons nas bolas paradas. Estamos preparados para tudo, mas queremos implementar o nosso jogo”.
Como foi a reação de Debast e Kovacevic esta semana? “É tentar fazer uma avaliação fora os erros. Um central não pode errar, senão dá golo. Guarda-redes também. Estiveram bem, mas estiveram como toda a equipa: abatidos mas a querer o próximo jogo. Não podemos parar de trabalhar. Estão preparados para jogar e prontos para mais um desafio”.
Amorim e os rumores da alegada lesão de Trincão: «Não tem nada, saiu do treino e foi para casa…»
Amorim e os rumores da alegada lesão de Trincão: «Não tem nada, saiu do treino e foi para casa…»Ontem houve notícias sobre uma alegada lesão de Trincão. Pode esclarecer? Já disse que o objetivo é o título. Há uma corrente que defende que os campeões são os favoritos do ano seguinte. O Sporting é? “Favorito não, não acredito nisso, mas temos uma responsabilidade diferente e todos olham para o Sporting de forma diferente. Neste momento, sinto que todos acham que está aqui um candidato e isso aumenta a responsabilidade. Temos de viver com isso. Trincão? Não sei o que vos diga. Não tem nada, saiu do treino e foi para casa. Disseram-me isso hoje… Que saiu nas notícias que tinha sido operado, mas não. Não tem nada, está apto e pronto para nos ajudar a ganhar o jogo”.