
Hoje, após uma exibição fraquíssima de Gyokeres, seria fácil esconder-me, mas esse não é o meu estilo.
Por isso, não só vou assumir aquilo que escrevi, como o vou reafirmar.
Fosse eu treinador, preferiria Gyokeres a Haaland.
Não desfazendo o norueguês, que é um grande goleador, mas eu prefiro jogadores mais completos, claro está, a partir de certo nível.
Usando a frase que há ano e meio escrevi para justificar a preferência: “Gyokeres faz aquilo, mesmo que de forma menos impactante, que Haaland faz, mas Haaland não faz aquilo que Gyokeres faz, nem bem, nem mal.”
E como vimos no Real, um 9 não é só um goleador, sendo-o também, é também um jogador que cumpre funções em campo para ajudar a equipa, e eu acho que Gyokeres é um 9 completo, e Haaland um 9 fantástico, mas não completo.
Haaland é nulo no um para um, Gyokeres, não sendo um fantasista, é muito eficaz nesse aspeto.
De costas para a baliza, Haaland existe, a aguentar o defesa, a dar pequenos toques, mas as suas receções são mais a bola a bater na perna que a perna a bater na bola, Gyokeres, não sendo um Zlatan, é um jogador que penteia bem a bola enquanto pressionado e consegue dar melhor apoio às diagonais dos seus colegas.
E Gyokeres consegue receber de costas e virar-se para a baliza, e Haaland não.
No fundo, Haaland é mais goleador, Gyokeres é mais jogador, sendo Haaland também um excelente jogador.
Mas, hoje, é verdade, há menos uma razão para gostar de Gyokeres, é que se fazes uma telenovela para sair para o Arsenal e só para o Arsenal, se estás tão sedento de glória, porra, fecha a boca nas férias e dá umas corridas, ainda por cima, quando o teu jogo depende tanto da tua pujança física, não te apresentes gordo, quando os adeptos não te conhecem, no desafio da tua vida, aquele por que tanto ansiaste.
Ainda assim, continuo a preferir Gyokeres a Haaland, mesmo que Haaland marque mais golos, que por certo acontecerá, isso nunca foi a questão.
Se não gostaram do texto, e acho que poucos irão gostar dele hoje, passem por cá, que há mais, mas nunca censura ou medo de dizer o que penso.