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Jornalista da CNN Portugal atira: ‘Que raios fazia o carro da família de Conceição nos arredores do Dragão?’

No seu artigo de opinião no portal Mais Futebol, o jornalista Bruno Andrade comentou as duas mais recentes agressões no futebol português, que aproveitou para juntar com muitas outras, que têm acontecido nos últimos anos.

Além de apontar todos os atos que têm envergonhado clubes e futebol português, Bruno Andrade culpa a leveza com que se julgam estes casos, retirando-lhes importância e quase culpando as vítimas.

Com o intuito de falar sobre o apedrejamento ao carro da esposa e filhos de Sérgio Conceição, à saída do Estádio do Dragão, na noite de terça-feira, 13 de setembro, Bruno Andrade recorreu à ironia e falou dos outros casos de violência no futebol. E culpa quem tem feito do ódio a linguagem mais usada no futebol português. A rivalidade intensifica-se e atos bárbaros acabam por ser justificados com a paixão do futebol.

Jornalista e comentador na CNN, Bruno Andrade também aponta culpas a quem, por ação e inação, continua a permitir que estes casos se sucedam. “Dirigentes, treinadores, jogadores, jornalistas, comentaristas, empresários e demais intervenientes da bola”, são apontados pelo jornalista.

Leia a opinião de Bruno Andrade:

“O que raios fazia o carro da família de Sérgio Conceição num fim de noite nos arredores do Dragão?

O que raios fazia uma criança com a camisa do Benfica na arquibancada destinada ao Famalicão?

O que raios faziam os jogadores e a comissão técnica do Sporting em Alcochete durante a invasão à academia?

O que raios faziam Weigl e Zivkovic dentro do ônibus do Benfica no momento do apedrejamento na chegada ao Seixal?

O que raios faziam Marega, Sandro Cruz e vários outros jogadores pretos em campo durante os atos de injúria racial?

Seguindo a lógica do facilitismo que domina algumas mentes brilhantes, a culpa é quase sempre da vítima. Estão sempre nas horas e nos locais errados.

Seguindo a lógica do facilitismo que domina algumas mentes brilhantes, a culpa é quase sempre da vítima. Estão sempre nas horas e nos locais errados.

A banana está comendo o macaco no futebol português, e não é de hoje. São décadas de pura ignorância.

Reforço o que digo e escrevo frequentemente: não é apenas reflexo da nossa sociedade. É, acima de tudo, cada vez mais reflexo do nosso futebol.

Vivemos num meio recheado de ódio e frustração, onde muitos acreditam que estão – e muitas vezes são – livres para ser quem, de fato, são. A punição passa ao lado.

Uns mais, outros menos, todos temos parcela de culpa. Dirigentes, treinadores, jogadores, jornalistas, comentaristas, empresários e demais intervenientes da bola.

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